QUEM
As manchas que terão que ser lavadas.
As mesas presas ao chão da sala.
As plantas sob o prédio em forma de disco voador que nunca tomam sol.
O passarinho que atravessa com seu bico o olho de um outro.
Os meninos desperdiçados em suas infinitas inteligências.
Existir sem expectativas, julgamentos, desejos, cloro, clamídia, desvios, retornos, remorsos, imundícies, flores, apegos, azougues e gostos.
O corpo como fonte de prazeres.
O sexo como fim da angústia.
O novo mundo do novo homem.
Os jovens largados no capim.
Ah! a Lu, que é Luminar.
E a Ju, que é Juvenília.
As pernas salvas pelo gozo
as pontas sempre em vão
os pedidos entrecortados
o riso impedido e à mostra
o não arbítrio
o nada dito, nada feito
o achado em forma de gema,
os gametas, a goma, o gongo, o gonzo, o gânglio, as gôndolas, o engasgado da língua lânguida.
Os hieroglifos encontrados sob a pele de lycra e lingerie.
Um pé de tamarindo.
Aquele barco ali no porto
Aquele
E o demônio amigo meu à porta
Com a santa minha moça à venda.
Um naufrágio alheio
em que nada disso é o que sou,
nem há partes de mim,
enquanto me movo
sentindo o peso de ilusões,
de sonhos teimosos,
desejados e cruéis.
Um retrato arisco
em que não sou quem está,
ou quem a voz impõe,
nem sou quem mordisca
uns talinhos de surpresa
e atiça a morte
com a solidão.
Não.
Fui ver e não
Esse é outro.
Deve ser outro.
Inverso e análogo outro
que engana.
Diamétrico e torpe, outro
que ama.
Autológico outro
que não divisa, atrai
que ma(i)s
Deve ser quem
Decerto quem
As mesas presas ao chão da sala.
As plantas sob o prédio em forma de disco voador que nunca tomam sol.
O passarinho que atravessa com seu bico o olho de um outro.
Os meninos desperdiçados em suas infinitas inteligências.
Existir sem expectativas, julgamentos, desejos, cloro, clamídia, desvios, retornos, remorsos, imundícies, flores, apegos, azougues e gostos.
O corpo como fonte de prazeres.
O sexo como fim da angústia.
O novo mundo do novo homem.
Os jovens largados no capim.
Ah! a Lu, que é Luminar.
E a Ju, que é Juvenília.
As pernas salvas pelo gozo
as pontas sempre em vão
os pedidos entrecortados
o riso impedido e à mostra
o não arbítrio
o nada dito, nada feito
o achado em forma de gema,
os gametas, a goma, o gongo, o gonzo, o gânglio, as gôndolas, o engasgado da língua lânguida.
Os hieroglifos encontrados sob a pele de lycra e lingerie.
Um pé de tamarindo.
Aquele barco ali no porto
Aquele
E o demônio amigo meu à porta
Com a santa minha moça à venda.
Um naufrágio alheio
em que nada disso é o que sou,
nem há partes de mim,
enquanto me movo
sentindo o peso de ilusões,
de sonhos teimosos,
desejados e cruéis.
Um retrato arisco
em que não sou quem está,
ou quem a voz impõe,
nem sou quem mordisca
uns talinhos de surpresa
e atiça a morte
com a solidão.
Não.
Fui ver e não
Esse é outro.
Deve ser outro.
Inverso e análogo outro
que engana.
Diamétrico e torpe, outro
que ama.
Autológico outro
que não divisa, atrai
que ma(i)s
Deve ser quem
Decerto quem