Seminovos e usados

EM TENTATIVA

Pessoal

Mora no Rio de Janeiro. Carioca adotivo, faz umas coisas por aí e já quis escrever com alguma disciplina, razão de ser desse blogue.

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No cabeçalho do blogue são três britânicos vasculhando os destroços da biblioteca de Holland House, em Londres, outubro de 1940, após bombardeio alemão. Nove em cada nove espíritos elevados concordam que entre uma bomba e outra há sempre espaço para uma flûte de champagne, um passeio de olhos em prateleiras repletas de livros e uma boa leitura. Sem dúvida.

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quinta-feira, dezembro 01, 2011

CONDE DE BONFIM (Parte 1)

O café está quase pronto. Forte e perfumado. Sobre a mesa estão o pão, queijos e presunto, junto de uns ovos fritos que fui ajeitando devagarzinho, parando de vez em quando para tocar violão e cantar. Sem pressa. Vou até o quarto e me deito junto de você, ajustando cada ponto de encaixe que fazem a conexão justa de nossos corpos. Você dá um sorriso sem abrir os olhos e eu respondo com uma cafungada forte em sua nuca. O efeito do perfume do seu corpo é imediato e você logo esfrega a bunda no meu pau duro. Lubrificado por uma cuspida, meu pau entra com facilidade. Minhas mãos chegam nos seus seios grandes e macios. Meus dedos alisam calmamente os bicos enquando as enfiadas vão ficando mais fortes. Você geme e fica cada vez mais molhada. O vai e vem aumenta e sinto você cada vez mais apertada. Num giro você se vira, me empurra e senta sobre mim. Sobe e desce no meu pau, sentindo minhas mãos na sua bunda. Os apertões e tapas fazem nascer mais gemidos e minha boca agora chupa os bicos rosados dos peitos. “Chupa os peitos da sua rainha! Chupa meu escravo!”. Meu tesão aumenta e fica incontrolável. “Fode sua rainha! Que fica na rua e deixa você em casa esperando! Fode, meu escravinho!”. Minha porra jorra inundando sua buceta. Arfante ainda, deito você e forço suas pernas. “Abre!”. Os gemidos crescem enquanto chupo. Boca, língua e dedos abrindo espaço e penetrando sua buceta e o cu, em busca do seu orgasmo. Ele vem. Aos poucos, forte, contagiante. Somos os dois deitados, atendidos e unidos. Mãos dadas e beijos trocados. Olhos apaixonados e reclamações. “Você só pensa em me comer!”. Eu sorrio. “Sorte a sua”. Rimos. No banheiro conversamos e esfregamos as costas um do outro. Seu trabalho, seus pais, sua irmã. Os assuntos que ocupam e preocupam você. Eu ouço e comento. Dou minha opinião, conto histórias parecidas. Irrito você porque não sigo a regra de que se deve apenas escutar a mulher, sem manifestar os próprios pensamentos. Mas nos beijamos e nos entendemos. À mesa, você elogia o café. Ouvimos música e lemos jornal. Sentada à minha frente, você estica as pernas até minha cadeira. Uma das minhas mãos acaricia os dedos e massageia a planta dos seus pés. Ainda vamos escolher o que fazer. Alguma coisa juntos. Cinema, praia, ostras no boteco perto da Praça, talvez uma exposição em algum lugar. Talvez ficar em casa, cuidando para não encher tanto a vida, que não nos sobre o tempo necessário para vivermos. Eu olho para você e entendo tudo. Quase não se ouve o barulho da demolição do casarão ao lado. Já do som infernal do trânsito da rua Conde de Bonfim, desse eu mal consigo me lembrar.