SEUS PAIS TINHAM RAZÃO
A jovem estudante recusara o convite para o jantar em homenagem ao senhor Comendador no clube de campo. Na sala de jogos onde costumava sentar-se para ler enquanto todos dormiam, o silêncio deixava mais agradável ainda a companhia de seu livro. Levantou-se quando a sala tornou-se escura e retornou inquieta e desconfiada à poltrona que ocupava. Novo desligar das luzes fez com que saltasse na direção da porta. As palpitações do peito explodiam e alcançavam-lhe a boca. Correu desvencilhando-se dos dedos pegajosos que lhe tocavam o corpo, seguravam-na pelos braços, pernas e nos cabelos. Pelo chão ficavam as roupas arrancadas por mãos que ela não enxergava na escuridão. Apoiou seu corpo seminu na porta de entrada da casa tão logo a fechou por trás de si. Arfava sofregamente. A tensão transformou-se em desespero e ela começava a chorar quando a mão posta sobre seu ombro pareceu dizer:
- Estou aqui. Com você.
Um líquido esbranquiçado e viscoso escorria da escápula na direção de seu seio direito.
- Estou aqui. Com você.
Um líquido esbranquiçado e viscoso escorria da escápula na direção de seu seio direito.
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