Seminovos e usados

EM TENTATIVA

Pessoal

Mora no Rio de Janeiro. Carioca adotivo, faz umas coisas por aí e já quis escrever com alguma disciplina, razão de ser desse blogue.

A Foto

No cabeçalho do blogue são três britânicos vasculhando os destroços da biblioteca de Holland House, em Londres, outubro de 1940, após bombardeio alemão. Nove em cada nove espíritos elevados concordam que entre uma bomba e outra há sempre espaço para uma flûte de champagne, um passeio de olhos em prateleiras repletas de livros e uma boa leitura. Sem dúvida.

Escreva-me

dpedra @gmail.com

Últimos Posts

Arquivo

Leio

Powered by Blogger

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com

.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

PASSOS II

Construir passados

vindo de um tempo

vindo de outro

em que seu rosto

de novo está

onde não o pusemos

e às vezes onde

ainda iremos vir

refazendo planos

repisando passos


como quando estamos


já que sempre tantos

papéis são de poucos

e outros é ali onde

nunca você está.

domingo, fevereiro 06, 2011

FARWELL

Veste São Paulo
Antes
Deixa que ela se dispa
Em tons, no que ela estiver,
Faze com que não se mostre
Ou que então se molhe
Até

Veste São Paulo
Em ti
Danem-se os que se deitam
Os que fodem nela em prantos
Faze dela a mulher em pó
E só então devore
Oh!

Veste em São Paulo
Trapos
Desses cheios de cor
Mesmo tão cordiais, mesmo tantos,
Faze-a como nunca ou
Ambos inconsúteis
Vamos!

Veste como tiver
Arranca-lhe o couro
Cobres
E canções carmins,
Os croques

Cobra-lhe seus anões
Os anais de anis
Anátemas
(Os literais)

Tudo enquanto

Já que são paulos
Vestidos
Renhidos mais.

SONETO DE LIMA

La mujer con el bolígrafo rojo,

esto primer decasílabo dado,

una rica sorpresa, la segunda

vez que - mi suerte! - estuviera a tu lado.


El color del bolígrafo, el color

de tu riso, si los risos huvieran

color, aunque tan cerca como quiero

los risos exhalen tan solo olor.


Olores, colores, risos, tus ojos

Todo se queda nuevo, todo nuevo

paso es como um caminar al lado


de ti, ya sin tu bolígrafo rojo,

ya dueña de estos tuyos decasílabos,

los primeros catorce que te he dado.